Para além de uma simples fonte de renda, uma empresa é o propósito de vida e a promessa de um legado para seu fundador. Isso é verdade especialmente para empresas familiares, onde os sucessores são os filhos e netos de quem as fundou.
Independente do tamanho da empresa, é fundamental ter um planejamento sucessório. Afinal, eventualmente a pessoa que fundou deverá “passar o bastão”, seja por questões de aposentadoria ou óbito. Sem um plano claro e coeso, podem surgir muitas dores de cabeça nesse momento.
Um negócio familiar, de modo geral, surge a partir de um fundador ou pequeno núcleo familiar. Dados do Sebrae apontam que cerca de 60% das empresas desse tipo não possuem nenhum colaborador, e mais de 90% até 10 colaboradores.
Isso significa que, para além da dinâmica empresarial, as dinâmicas familiares têm um peso enorme na gestão. Por essa razão, é comum haver confusão de papéis (pessoais e profissionais), o que pode gerar conflitos.
Essa não distinção entre pessoal e profissional pode levar a problemas, como:
● evasão de sócios ou rompimento de sociedade, ocasionando até a fundação de uma empresa paralela de mesma natureza;
● ausência de controle entre membros que fazem parte ou não do quadro societário.
Quando não há uma regra clara, problemas como estes se tornam cada vez mais comuns, causando até disputas judiciais pela sucessão ou atribuição de bens e competências.
Por isso, o que ainda vale é aquela velha máxima da prevenção. Tenha um planejamento sucessório claro e papéis bem definidos para cada membro da família atuando também no contexto empresarial. Quanto maior a empresa, mais complexa é a implementação de tais ações. É trabalhoso, mas um planejamento estratégico, além de ser o caminho mais seguro, é também o fator principal para a perpetuação do seu negócio.
Durante todo o processo, consulte um advogado especialista em sucessões.